terça-feira, 10 de agosto de 2010

Máquina de escrever à mão


Hoje acordei com uma enorme vontade que este bolo sentimental azedo fosse como uma carta em papel, digitada em tinta de máquina de escrever.

Sem muitas complicações, pegava nesse escrevinhado, amarrotava vezes e vezes sem conta, e no fim rasgava em pequenos pedacinhos e deitava no caixote de lixo mais próximo!

Se fosse insuficiente e ainda houvesse uma réstia, imprimia, numa impressora de tinta, esse rascunho mal amanhado, e repetia o processo até despertar a minha cura.

Hoje acordei com uma enorme vontade de te arrancar do meu peito, amarrotar-te e rasgar-te em pequenos pedaços até que não restasse mais nada de ti aqui... Em mim!

Era simples, dócil e natural...

Facilmente eu conseguiria encarar o amanhã olhos nos olhos, sem sonhar com o ontem que poderia ter sido diferente.

Vejo-te sem te poder tocar, como se tivesse sido colocada do outro lado da janela suja e baça.... 

Ajeihad

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