Olha para trás uma, duas, três... As vezes necessárias para o teu tão aguardado cansaço.
Esgota o mar bravio que roça o teu olhar e te irrita a pele todas as manhãs e noites.
Esgota o mar bravio que roça o teu olhar e te irrita a pele todas as manhãs e noites.
Olha para trás e tenta abraçar, sem nunca mais largar, essa leveza que te embala depois da tempestade. Essa agitação violenta do ar acompanhada por chuva e trovões que te assolam e depois refrescam e confortam, sem nunca saberes muito bem porquê. Tenta uma, duas, três... As vezes possíveis, e minutos antes de fechares os olhos ardentes, acredita, não é fogo, é sal... A pureza do mar que sempre levou a bom porto almas perdidas e desgastadas pelo tempo... O mar e o seu puro sal.
Agora deita a cabeça nessa almofada e deixa-te levar no ondular das águas desconhecidas e sente, sente a água a acariciar-te, a corrente a tomar conta do teu rumo... Sem pressa, abre os olhos, alcança o que está acima de ti, respira o azul céu e emaranha-te no silêncio tranquilizador ... No deambular aleatório vais perceber que é isso, é esse estado que tanto anseias.
Sem pressa solta o que a tua razão inconsciente tanto batalha sozinha e segue-a...
Sem pressa solta o que a tua razão inconsciente tanto batalha sozinha e segue-a...
Ajeihad
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