quarta-feira, 21 de julho de 2010

É vento e chuva

Pensamentos soltos.
Presos à tua memória, com sabor amargo...
O vento faz fechar os olhos... Quando fechas, esses pensamentos fluem,
caem no teu rosto da minha memória... Como gotas de chuva...
Gotas de chuva a cair num mar brandido...
Parecem tentar furar e entrar à força numa rocha consistente.
Pensamentos soltos, são ventos furiosos.
Fechas os olhos e alimentas a intensidade da sensação,
Manténs vivas as gotas de chuva no mar revolto,
e deixas que elas caiam, ao sabor amargo de uma recordação.
A chuva cai agora sobre ti, desenhando as linhas do teu rosto,
dos teus lábios, do teu corpo...
Num prazer sôfrego elas caem, uma a uma, como se fosse a primeira vez.
Cada gota num encontro memorial,
Ao teu encontro!
O vento fecha os olhos,
esgota a tempestade da saudade e tu olhas...
Olhas para trás e vês a dança daquele mar que ainda
se agita por ti.
Num mar tempestuoso...

Ajeihad

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